Realização e Avaliação das Especialidades

Manual Administrativo do Clube de Desbravadores
Divisão Sul-Americana – Ano 2013


No SUMÁRIO deste Manual encontram-se em PROGRAMA DO CLUBE, os índices:
  • 4.2. Especialidades ……………………………..........…………….....................................................… p. 115
  • 4.2.1. Planejamento do currículo ……………………......................…....................................… p. 116
  • 4.2.2. Metodologia de ensino ………………………........………...............................................…. p. 117
  • 4.2.3. Avaliação …………………………………..........…………......................................................…. p. 118
O estudo das especialidades tem como finalidade auxiliar no desenvolvimento do indivíduo, proporcionando aos Desbravadores e Líderes uma forma atraente de aprender sobre o que os cercam, expandir seus horizontes e proporcionar novas aventuras. O propósito de todas elas é ajudar a pessoa a “crescer em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens” (lucas 2:52).

O objetivo das Especialidades é oferecer ao Desbravador uma sondagem de suas aptidões naturais e de dons espirituais.
  • Quando um Desbravador recebe uma Especialidade, não é um especialista ou profissional habilitado no pleno gozo de sua profissão. Ele é um juvenil que conheceu algo maravilhoso do universo natural, humano ou espiritual criado por um Deus de amor.
  • Somente a Divisão Sul-Americana tem autonomia para revisar e/ou substituir requisitos.
  • O Clube deve oferecer anualmente aos Desbravadores todas as Especialidades exigidas nos cartões e, alem dessas pelo menos mais três.
  • O Clube deve indicar um membro da direção que será o responsável geral pela instrução das Especialidades que deve juntamente com os Diretores Associados, dar o suporte aos instrutores das Classes, providenciar os instrutores para as Especialidades, pegar os cartões de todas as Classes e anotar quais são as Especialidades obrigatórias para a investidura, escolher a Especialidade que mais se encaixa na realidade do seu Clube, selecionar previamente algumas especialidades que o Clube é capaz de oferecer, além das exigidas nas Classes, e apresentar essa relação aos Desbravadores, na reunião do Clube, para descobrir quais são as de maior interesse deles e em seguida, fazer o planejamento para cada uma delas, que deve conter:
  1. Instrutor
  2. Requisitos
  3. Quantidade de aulas necessárias
  4. Materiais
  5. Metodologia
  6. Método de avaliação
  • O tempo para a instrução das Especialidades varia de acordo com cada caso. Em geral, todas as especialidades são possíveis para serem cumpridas em, no máximo, três meses.
  • Existem Especialidades com grau (nível 1, 2, 3) de dificuldade mais elevado que foram criadas tendo em mente a liderança do Clube, que também é desafiada a continuar seu desenvolvimento.
  • O ideal é que a pessoa que vá ensinar a Especialidade tenha um bom conhecimento do assunto, assim, evita-se que as Especialidades sejam ensinadas de forma errada, superficial ou até mesmo profunda demais, mas para isso, seria muito bom que dentro do Clube tivesse, pessoas que tenham habilidade e conhecimento para ensinar todas as Especialidades necessárias, porém, caso não haja essa pessoa no Clube, essas são algumas boas saídas, em ordem de preferência:
  1. Buscar membros da Igreja que tenham domínio sobre a Especialidade.
  2. Buscar pessoas conhecidas fora da Igreja que dominem o assunto. Nesse caso, deve-se ter um cuidado especial para que a pessoa encarregada de ensinar a Especialidade não ensine nada que vá contra os princípios da Igreja, por exemplo: falar da evolução ao ensinar Especialidades da natureza.
  3. Em caso de indisponibilidade de horário da pessoa, pedir que ela capacite alguém para ser instrutor da Especialidade.
  4. Escolher alguém do Clube que possua a Especialidade e tenha afinidade e facilidade com o assunto para ser o instrutor. Essa pessoa irá responder toda a Especialidade buscando em bibliografia confiável.
  • O sucesso para a instrução de uma Especialidade depende, fundamentalmente, da adequação do tema à faixa etária, da qualificação do instrutor e de uma metodologia de ensino atrativa e interessante, mas nenhuma Especialidade deve ser instruída para todo o Clube de uma só vez, e as Especialidades de Arte e habilidades manuais ou Atividades profissionais, devem-se ainda mais cuidado com a quantidade de Desbravadores e em geral, os livros são os materiais mais confiáveis para pesquisa por parte dos Desbravadores.
  • O Desbravador deve sempre ter um registo escrito do conteúdo da Especialidade, seja anotações feitas por ele mesmo durante a instrução, pesquisa realizada em casa ou uma apostila fornecida pelo instrutor. As apostilas não podem ter respostas diretas aos requisitos, e sim conteúdo de forma ampla, para que o Desbravador encontre no texto respostas necessárias.
  • O que NUNCA pode ocorrer é o uso de Especialidades respondidas, principalmente as encontradas na internet, pois elas prejudicam o desenvolvimento intelectual tanto por fazer com que os Desbravadores não tenham praticamente nenhum trabalho de pesquisa quanto pela qualidade das respostas. Ao aderir a essa prática, estagna-se o conhecimento e todos acabam “aprendendo” aquele mesmo conhecimento medíocre.
  • Além das Especialidades ensinadas pelo Clube, um Desbravador pode também, de acordo com seus interesses e habilidades, cumprir Especialidades sozinho. Nestes casos, o Clube deve indicar alguém capacitado para avaliá-lo, que deve seguir os critérios de avaliação descritos neste manual.
  • Já no caso dos Diretores de Clube, eles devem ser avaliados pelo Regional, os regionais pelo seu departamental e os departamentais pelo seu superior ou por alguém por eles indicados.
  • O primeiro ponto que deve se ter em mente é que as avaliações, além de servirem para medir o aprendizado, também são importantes ferramentas desse processo elas não devem ser vistas como ameaça, pois isso prejudica o desempenho.
  • Não se deve aplicar sempre o mesmo tipo de avaliação, só mudando as questões. Cada grupo é único, então deve haver uma avaliação pensada exclusivamente para ele.
  • O segundo ponto que é necessário analisar é o equilíbrio entre teoria e prática na Especialidade e na avaliação. Especialidades com mais requisitos teóricos devem ter maior peso teórico na avaliação. Especialidades com mais requisitos práticos devem ter avaliações com maior peso na aparte prática. O que não pode ser feito é desprezar uma das partes (teórica ou prática), por julgar que ela seja pequena na Especialidade.
  • Todas as formas de avaliação têm suas peculiaridades. A seguir estão as formas mais comuns de avaliação que podem ser utilizadas no Clubes:
  1. Prova Objetiva
  2. Prova Dissertativa
  3. Seminário
  4. Trabalho em grupo
  5. Debate
  6. Relatório Individual
  7. Autoavaliação
Depois de escolher o tipo (ou os tipos) de avaliação que vai ser utilizada na Especialidade, e hora de elaborar a avaliação. Para isso, siga as orientações abaixo:
  • Sempre elabore as questões de acordo com o que foi passado em aula e não apenas de acordo com o plano de aula. Alguns pontos podem ser esquecidos na aula e outros podem ser melhor explorados no momento da aula. Para isso, pode-se pegar emprestado as anotações e algum Desbravador.
  • As regras e orientação a avaliação devem sempre estar claras. O juvenil pode errar na avaliação por não haver orientações claras sobre o que se pedia e não por falta de conhecimento do conteúdo.
  • As questões devem ser objetivas, seja claro no que e pedido. Exclua termos como "comente disserte:" o que você acha?". Usando termos assim, nem o juvenil e nem o instrutor saber exatamente o que e a resposta certa, dificultando avaliação e correção.
  • Os enunciados devem ser claros. Não utilize termos que possam dificultar a compreensão el ou comprometer o entendimento. Só use "palavras difíceis” se elas forem o objeto da avaliação.
  • O tempo deve ser pensado também. Juvenis e adolescentes não mantêm a concentração em uma coisa por muito tempo, evite longas provas.
  • Pense no espaço para as respostas, assim se evita papéis e anexos em excesso. O juvenil pode esquecer de responder uma questão por não haver espaço. O instrutor também pode corrigir alguma questão incompletamente, pois a resposta estava dividida em dois lugares pela falta de espaço.
Uma dica que pode ajudar bastante a verificar se a avaliação foi bem elaborada e a chamada oficina de prova. Apos elaborar a avaliação, passe-a para outras pessoas que conheçam a Especialidade e a turma a ser avaliada (pode-se passar as anotações dos juvenis para as pessoas). Eles deverão ler a avaliação e verificar o seguinte:
  1. As perguntas se justificam diante do que o instrutor quer saber?
  2. As questões estão claras?
  3. Há espaço para as respostas?
  4. As orientações estão adequadas?
  • Então eles devolvem a avaliação a quem elaborou com observações e sugestões de pontos a melhorar.
  • Pode-se repetir o processo até que a avaliação esteja no nível desejado.
  • Para a elaboração das provas pode-se seguir os seguintes parâmetros para que elas fiquem equilibradas:
  1. 25% de questões fáceis
  2. 50% de questões medias
  3. 25% de questões difíceis
  • Por questões difíceis entenda questões que exijam raciocínio e não apenas "decoreba". Não entram também cobranças além do que foi ensinado.
  • Com esse critério só os "muito bons” vão conseguir a nota máxima; a maioria vai conseguir a nota "media"; ninguém se sentira desestimulado por encarar uma prova impossível.
  • Entre as vantagens de uma prova equilibrada e que mesmo os que aprenderam menos conseguem uma nota diferente do desagradável zero; a maioria conseguira a nota intermediária (a média); só os destaques da Classe atingem a nota máxima, valorizando o esforço deles.

Assim, o procedimento correto para se receber a Especialidade é:
  1. Ser aprovado no exame da Especialidade;
  2. O instrutor da Especialidade assina o registro das Especialidades ou um certificado de Especialidades;
  3. O Regional/distrital faz a avaliação da Especialidade e também assina o registro ou o certificado;
  4. A compra dos emblemas deve seguir o procedimento descrito no próximo artigo, neste blog;
  5. A insígnia e entregue ao Desbravador numa Cerim6nia de Recebimento de Especialidades.
Leia todas as orientações do Manual das Especialidades 2012 e do Manual Administrativo do Clube dos Desbravadores: https://especialidadedbv.blogspot.com/search/label/Clube